terça-feira, 14 de maio de 2013

Communicare II: a Comunicação e as Redes Sociais.









A comunicação sem dúvida alguma sempre foi muito importante para os seres humanos, desde os tempos mais remotos, sendo que nos dias atuais ela é indispensável em um mundo tão globalizado. Em nossa primeira postagem, relacionada ao tema, escrevemos sobre a  importância da comunicação nas organizações, como pode ser visto no artigo Communicare: a importância da comunicação nas Empresas. Hoje vamos falar na relação entre a comunicação e as Redes Sociais, muito usadas, atualmente, para relacionamentos interpessoais.

O conceito de redes sociais é muito mais antigo que a própria internet e elas representam uma interação social feita por pessoas que se relacionam com o objetivo de compartilhar valores, ideias e interesses em comum. Em se tratando da web, a rede social mais antiga foi criada em 1965 e chama-se Classmates.com, sendo muito popular nos anos 1990 nos Estados Unidos e Canadá. E foi justamente no final dessa década que aconteceu o chamado boom da internet quando a mesma começou a ganhar espaço em nossas vidas. Naquela época, a troca de mensagens via correio eletrônico era a única forma de comunicação entre os usuários da web. Logo após vieram os comunicadores instantâneos como, por exemplo: o mIRC, o ICQ e o Messenger. E  com o passar do tempo surgiram o Orkut, que já foi à rede social mais popular no Brasil e por fim o Facebook, atualmente, a maior rede social do mundo.

As Redes Sociais podem ser divididas em: Redes sociais genéricas que são as mais numerosas e conhecidas, como por exemplo, o Orkut,  o Twitter, o Facebook, o Myspace e  o Google plus. Rede de relacionamentos profissionais, como por exemplo: o LinkedIn,  Xing e Viadeo, onde os usuários registrados mantem uma lista detalhada de contatos de pessoas em empresas a fim de trocar experiências ou procurar emprego. Redes sociais verticais ou temáticas que são baseadas em um tema específico podendo ligar pessoas com a mesma atividade ou hobby como, por exemplo, o Flickr.

Esta disseminação de novas tecnologias de informação levou à transformação das estruturas sociais e as formas de se relacionar com os outros. Neste processo de mudança, a lógica das relações sociais é caracterizada pela comunicação online em um mundo cibernético. Onde são criadas comunidades virtuais, formadas por indivíduos que se conectam e desconectam com base em suas necessidades e desejos.

Segundo alguns conceitos, uma comunidade virtual seria um lugar eletrônico, onde um grupo de pessoas com objetivos semelhantes se “reuniriam” para trocar ideias regularmente. Sendo uma extensão de nossas vidas, na qual estamos em contanto com os nossos amigos, colegas e vizinhos. Podemos observar que elas estão em expansão em todo mundo, se tornando uma nova forma de relacionamento social e, ao contrário da comunidade tradicional, esses espaços impessoais são caracterizados pelo anonimato e pela falta de contato humano.

O caminho das novas tecnologias de comunicação está intimamente ligado as mudanças sociais e culturais, surgindo assim os conceitos de uma sociedade em rede ou sociedade conectada, acabando por transformar o imaginário dos internautas através de constantes interações entre o virtual e o mundo real.

As novas tecnologias de comunicação têm criado uma ambiguidade porque de um lado, elas nos oferecem a possibilidade de conectar e desconectar as relações sociais de acordo com a nossa vontade e necessidade. Porém, por outro lado, muitas vezes  não conseguimos discernir o real do virtual criando assim situações que podem ser verdadeiras ou apenas fruto de nossa imaginação.

Esta chamada Revolução Cibercultural tem criado para alguns um individulismo sem medidas, ou seja, pessoas relacionando-se sem vínculos permanentes, duradouros e verdadeiros. Onde com um simples clic você se desconeta da rede virtual podendo sair de uma rede de relacionamento, sem ter quer dar explicação alguma.

Mas, pelo menos neste momento da história, este é um caminho sem volta, no qual a sociedade contemporânea vive em redes, não em grupos. Mas qual a diferença entre redes e grupos? Grupos assumem que todos os participantes conhecem e confiam uns nos outros, enquanto que a essência do trabalho em rede é um conjunto de interações e intercâmbio de informações, sendo que as pessoas necessariamente não precisam se conhecer. Conclui-se daí que o conceito de rede é o imperante em nossos dias, logicamente, isto não significa que os grupos não existem mais, mas a vida do indivíduo não pode ser reduzida a um grupo particular. Todavia é frequente a mistura de ambos os modos de interação e quanto mais tecnologias são desenvolvidas, em resposta às necessidades que temos de interagir com os outros, mais as formas de organização social acabam afetando a todos do grupo ou da rede.

As características da vida moderna, cada vez mais individualistas, são refletidas em nossas maneiras de interagir com as pessoas e com o meio, sendo que as novas tecnologias da informação apenas refletem a mudança da maneira como nos relacionamos.

A comunicação virtual, desde que bem aproveitada por nós, oferece flexibilidade, autonomia e em alguns casos pode até substituir o contato pessoal. Podendo ser útil em vários aspectos, sejam eles profissionais, comerciais, culturais, esportivos, entre outros. Os relacionamentos virtuais, muitas vezes, também podem preencher vazios em nossas vidas, dando a possibilidade de nos relacionarmos com pessoas que estão próximas a nós, ou até mesmo em lugares bens distantes, aumentando assim o nosso círculo de amizade, bem como a nossa cultura.


Luís Fernando Bruno

2013

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