segunda-feira, 17 de junho de 2013

Communicare IV: a Linguagem dos Bebês!





Os bebês se comunicam de uma maneira única e maravilhosa, tendo a capacidade de interagir com o meio em que vivem, mesmo que não falem de uma forma clara para os pais. Eles possuem a sua própria linguagem, a chamada linguagem dos bebês. O recém-nascido se expressa através do choro, sendo que cada som deste diferencia-se de acordo com a necessidade da criança. Trocar a fralda, comer, arrotar, estar incomodado, sentir cólica ou até mesmo cansaço. Dominar essa linguagem ajuda muito a vida dos pais, diminuindo extremamente sua angustia e também o estresse do bebê, criando um laço de maior segurança e conforto entre pais e filhos. Só com o passar do tempo, à medida que cresce, o bebê vai desenvolvendo novos elementos para se comunicar, usando de gritos e gestos para ser entendido.

O bebê recém-nascido já é capaz de distinguir entre o som da voz humana e outros sons. Então, os pais devem estar atentos à maneira como se comunicam com os pequenos. Eles são capazes de entender os tons da voz humana identificando o cuidado que é dispensado para com eles, principalmente pela mãe. Anunciando a comida, o calor, o abraço, o carinho, o conforto fazendo com que o bebê se sinta imensamente protegido neste novo mundo maravilhoso.

O choro continuará a ser o modo de comunicação do bebê durante os primeiros meses de sua vida, sendo que ele também pode representar novos sentimentos de sua curta existência. O choro de um bebê pode cessar só ao ouvir a voz da mãe. Ficando silenciosos, atentos e até mesmo alterando sua expressão facial e postura corporal.

Normalmente, o bebê vai reagir ao som da voz sorrindo, agitanto os braços, as pernas e emitindo sons que para seus pais soam como uma sinfonia. Sendo menos sociáveis quando ouvem estranhos falando por não reconhecer a voz dos mesmos.

Depois de aproximadamente quatro a cinco meses, o bebê vai dar sinais claros de ter entendido a relação de causa e efeito que o seu choro pode causar e isto lhe permite coordenar-se sabendo que chorando será atendido em suas necessidades. E ele já é capaz de transmitir conscientemente alguns de seus desejos. A comunicação realizada através da linguagem corporal faz com que a criança expresse claramente as suas vontades como, por exemplo, sair da cadeira para ser carregado nos braços, trocar a fralda ou ir comer.

Então, o fato de um bebê ainda não ser capaz de pronunciar palavras, de maneira alguma representa um impedimento para a comunicação com os seus pais. Com o passar do tempo, apesar de continuar a usar o choro, o bebê expande o seu repertório para todas as outras formas da comunicação não verbal, sobre a qual falamos Communicare III: Melhorando a comunicação interpessoal.

Sem dúvida alguma, em minha opinião, não existe nada mais lindo que o sorriso de um bebê que faz o uso do mesmo para se comunicar. Utilizando também outros gestos, como franzir a testa, abrir a boca amplamente, esticar os braços ou chutar para se expressar. Sorrindo novamente quando houve a voz dos pais ou parentes mais próximos, olha angelicalmente para os seus rostos. A comunicação com o bebê está diretamente ligada às emoções, além do atendimento de suas necessidades físicas.

Em média, a primeira palavra com sentido surge entre os 11 e 14 meses de vida, além de a linguagem corporal ser muito mais intensa. Desviando e balançando a cabeça para recusar as coisas, especialmente para não comer mais se estiver sem apetite. Ouvindo atentamente, absorvendo o que é dito ao seu redor e tentando imitar. Os gestos de negação estão relacionados às questões de autoafirmação.

O choro do bebê é uma das mais importantes formas de comunicação da raça humana, sendo que o fato dele chorar mais ou menos, pode dizer muito sobre o que ele pode estar sentindo.

O modo como os bebês se comunicam com o mundo, sem dúvida alguma, é fascinante. O que acaba deixando os pais cheios de satisfação, ligando-os cada vez mais aos seus filhos. Esta comunicação ainda é mais importante para a criança porque além dela ter às suas necessidades atendidas, ela também se sente amada e compreendida.


Luís Fernando Bruno
2013

2 comentários:

  1. It is wonderful how we as parents pick up on what our baby needs by the sound of their cry and the urgency :)

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