segunda-feira, 1 de julho de 2013

Communicare V: Imprensa, o Quarto Poder.





Continuando a série de artigos sobre comunicação, hoje escreveremos sobre o chamado “Quarto Poder”, expressão utilizada para descrever a influência dos meios de comunicação de massa em alusão aos poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Esta expressão refere-se ao uso da mídia, ou seja, jornais, revistas, rádios, televisões, internet, entre outros, com o intuito de manipular a opinião pública, ditando as regras de comportamento, influenciando as escolhas dos indivíduos e forçando a alteração do modo de pensar da sociedade.

Atualmente, vivemos em um mundo no qual a importância e a influência dos meios de comunicação chegaram a um nível impensável há algumas décadas passadas. Sendo que ficamos sabendo dos fatos ocorridos, em qualquer parte do mundo, praticamente em tempo real. Seja uma tragédia ou uma boa notícia, lá está ela divulgada nos noticiários ou nas redes sociais.

Infelizmente, nem sempre as notícias são veiculadas da maneira correta pela mídia, ou seja, de modo imparcial. Por vezes, alguns meios de comunicação estão a serviço de determinado grupo, aí mora o maior perigo, visto que esses oferecem a capacidade de induzir as pessoas a imaginarem ser verdade tudo o que é noticiado. Como por exemplo, podemos citar as diversas vezes que nos deparamos com noticiários sobre conflitos em algum país distante, em uma história (ou estória), onde de um lado estão os “mocinhos”, geralmente, representando alguma potência ocidental imperialista e, do outro, os “bandidos”, quase sempre pertencentes a um país subdesenvolvido ou em desenvolvimento. Muito cômodo não é mesmo.

Ainda bem, que a maioria da população, já não se deixa enganar pelas artimanhas da imprensa marrom. Pesquisando mais profundamente, a fim de verificar se os acontecimentos estão ocorrendo realmente da maneira divulgada, procurando ver o outro lado da história. Afinal de contas há os dois lados da moeda. E os fatos narrados por opressores e oprimidos ou vencedores e vencidos quase sempre divergem entre si.

Há ainda outra questão importante a ser entendida: Quem realmente controla os meios de comunicação?

A maioria das pessoas acredita que eles são controlados por profissionais capacitados. Isto não deixa de ser verdadeiro, todo órgão de informação deve ser dirigido por um jornalista responsável. Porém, para poder sobreviver, a mídia depende das receitas vindas em grande parte da publicidade. E por muitas vezes o controle desta está na mão de empresas multinacionais, as quais possuem suas matrizes nos ricos países desenvolvidos.

Então como pode alguém ser objetivo e criticar quem paga pelos seus serviços?

É aí que entra a ética jornalista na comunicação, ou seja, todo bom profissional deve seguir um conjunto de valores e normas que regem e ditam o jornalismo a fim de fazer o seu trabalho, considerando os fundamentos da sua profissão, sem o uso de "meias-verdades".

A opinião pública é influenciada pelos meios de comunicação, pois esta entra em contato com as notícias e opiniões através destes. Então, se uma publicação é corrompida por interesses de terceiros, o público acaba por ser manipulado, prejudicando assim o bom entendimento dos acontecimentos.

Alguns aspectos essenciais, como por exemplo: o respeito, a sua moral como pessoa e o seu comprometimento com a empresa onde trabalha, pode ajudar o jornalista a cumprir eticamente com as suas responsabilidades perante a sociedade. Fornecendo informações corretas, promovendo os valores da liberdade, da solidariedade e da igualdade, entre todos.

Mídias que agem eticamente tem uma credibilidade maior, ajudando na construção de uma sociedade que perdeu vários de seus valores. O oferecimento de um bom produto, por um lado dá aos leitores o valor e o respeito que merecem, bem como alavanca os negócios dos empresários dos meios de comunicação de massa.

O uso das mídias deve ser feito de maneira ética, alcançando os objetivos aos quais se propõem sem o uso de meios apelativos ou antiéticos. O uso de algumas perguntas simples, pode auxiliar para que estes sejam alcançados, como por exemplo: Isto é legal? Muitas pessoas serão afetadas? Isto é justo? O que a minha família vai pensar quando ler isto? São perguntas fáceis e aparentemente inofensivas, mas são meios seguros para medir se o trabalho está sendo realizado de maneira ética ou não.

Concluindo, interessante notar que não podemos ficar de braços cruzados quando vemos algo errado, porque isto também nos faz cúmplices do processo antiético. As recentes manifestações ocorridas em todo o país mostraram que devemos lutar por uma sociedade mais ética e com menos corrupção. Denunciando e lutando contra qualquer medida a qual saibamos ser lesivas ao bem da maioria da população. Construindo um mundo melhor e mais justo que beneficie a dignidade humana.

Luís Fernando Bruno
2013

4 comentários:

  1. Yes Luis... I look forward to a world that is more fair and definitely benefits the human dignity:)

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  2. Yes Launna... and the role of media is very important ... and work needs to be done with professional ethics. *_*

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  3. We are all influenced by the media. It is very unfortunate when those working in the media are unscrupulous or lead the public astray with misinformation.

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    1. Certainly Daisy, unfortunately for some cash and personal benefits are above all!

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