terça-feira, 17 de setembro de 2013

Communicare XII: a Comunicação do Deficiente Visual.







Como já escrevemos em outros artigos da série “Communicare”,  vivemos em um mundo conectado, uma verdadeira aldeia global, onde as distâncias, no tocante as informações, praticamente inexistem. Ficamos sabendo de fatos ocorridos em qualquer parte do mundo, quase em tempo real.

Todos têm direito a essas informações, independentemente da religião, raça, opção sexual, política, status social, pessoas portadoras ou não de algum tipo de deficiência.

Nesse artigo, iremos descrever mais precisamente o uso da comunicação das pessoas portadoras de deficiência visual.  Aliás, quando falamos desta, inevitavelmente nos lembramos do Braille, um sistema universal usado no mundo todo, na qual a escrita pode ser feita através de reglete e punção ou de uma máquina própria para essa linguagem.

O sistema Braille foi criado na França, pelo jovem cego Louis Braille, a partir de código da Marinha francesa que possibilitava a leitura de mensagens durante a noite, em lugares onde qualquer luz denunciaria a posição dos navios de guerra. Tratando-se de um sistema de leitura e escrita constituída por seis pontos em relevo que são dispostos em duas colunas de três pontos. Sendo que esses seis pontos formam a “cela Braille” e a combinação diferentes destes formam as letras, símbolos e números. Possibilitando a formação de sessenta e três símbolos diferentes que simbolizam as letras do alfabeto convencional e suas variações como os acentos, a pontuação, os números, os símbolos matemáticos e químicos e até as notas musicais.  Usado em diversos idiomas, em textos literários, nas simbologias, matemática e científica em geral, entre outros.
               
O Sistema Braille é um modelo de lógica, de simplicidade e de polivalência, que se tem adaptado a todas as línguas e a toda a espécie de grafias. Com a sua invenção, Louis Braille abriu aos cegos as portas da cultura, arrancando-os à cegueira mental em que viviam abrindo-lhes horizontes novos na ordem social e moral. Tornando-os verdadeiramente cidadãos.

O Braille impulsionou uma revolução para os deficientes visuais, através dele as pessoas cegas puderam resgatar sua cidadania. Junto com a alfabetização surgiram mais oportunidades de se conseguir um bom emprego, fazendo com que os cegos fossem incluídos social e profissionalmente na sociedade.

Por este fato, a educação inclusiva tem sido amplamente defendida em muitos países do mundo, aguçando a curiosidade tanto dos profissionais da educação quanto às demais áreas profissionais. Devido ao fato, do contato com os deficientes visuais tornar-se mais evidenciado que em tempos passados.

É de extrema importância o conhecimento das outras formas de comunicação para a compreensão do indivíduo nas suas formas de manifestação. Ainda mais com a inclusão de Deficientes no Mercado de Trabalho.  Aliás, com o tempo as pessoas com deficiência foram se conscientizando que precisavam continuar progredindo nos estudos para então serem profissionais qualificados. O empresariado, beneficiado por incentivos fiscais ou tendo que cumprir leis de cotas, aos poucos vem investindo nas questões de acessibilidade para os deficientes. Já outros empresários que se adequaram a responsabilidade social há mais tempo, hoje em dia podem ter certa dificuldade para preencher algumas vagas reservadas para deficientes, pelo fato de alguns profissionais com deficiência não terem acessibilidade de sua residência à empresa.

Cabe ao poder público promover a eliminação de barreiras na comunicação, estabelecendo mecanismos e alternativas técnicas que tornem acessíveis aos sistemas, às pessoas com deficiência sensorial, garantindo a eles o pleno direito de acessibilidade. Promovendo a cidadania plena a todos os cidadãos, sendo eles deficientes ou não.


Luís Fernando Bruno

2013

2 comentários:

  1. Braille was a wonderful and amazing invention that opened the doors for so many people :)

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    1. Certainly Launna, all are citizens and deserve the respect of society.

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